quarta-feira, 15 de abril de 2009


Deixa-me que te diga que aqui está um tempo de merda, que estou de aquecedor ligado, trancada no quarto, com a música no volume máximo que consigo aguentar. Quero contar-te como estou para ver se isso mexe contigo. Por outro lado acho que não devo contar-te porque isso é mostrar-te (-me) demais. Deixa-me apenas continuar ao meu ritmo, não me exijas pormenores, nem me interrompas. Quero contar-te como têm sido estes meses sem ti. A forma como tenho ultrapassado a tua ausência, e a maneira como aprendi a lidar com o teu silêncio. Deixa-me que te diga que o mais facil foi ultrapassar-te. Interiorizar o fim, esquecer os erros, e apagar as desilusões, isso foi fácil. Dificil foi esquecer o teu corpo nu deitado ao lado do meu. Dificil foi, noite após noite, ter-que me habituar adormecer sozinha, sem a tua presença ao meu lado, mesmo que de costas voltadas, ou na ponta extrema da cama. Dificil foi mentalizar-me que teria que aceitar os abraços que me ofereciam, mesmo sabendo que nenhum me ia acalmar como o teu. Foi dicil foi ..

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